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Prólogo à edição online

Ao ler e reler o que escrevi faz meia década sinto, a cada passo, um desagradável incómodo ao descobrir gralhas, temas mal explicitados ou insuficientemente explorados, frases equívocas, erros sistemáticos e, até, erros reais.

E o tempo passa, a bibliografia acumula-se, descobrem-se fósseis, os estudos moleculares abrem novos caminhos, inventam-se novos termos, refinam-se conceitos, surgem novas hipóteses e outras são descartadas. A ciência progride, e os livros desatualizam-se.

Um livro científico não corrigido e atualizado, de uma ciência viva como a botânica, está condenado a um inexorável esquecimento porque a sua utilidade social decai aceleradamente. Em botânica, talvez só as publicações de taxonomia escapam à erosão do tempo.

Na impossibilidade de publicar uma nova edição revista e atualizada em papel optei por uma edição online. A abordagem editorial é distinta da versão em papel. Um artigo interessante, uma descoberta, uma nova compreensão, podem ser rapidamente incorporados no texto, assim como corrigidos erros e gralhas.

Os capítulos serão adicionados a pouco e pouco à plataforma e, daí em diante, a qualquer momento, aperfeiçoados os conteúdos e o estilo do texto. O leitor encontra a data da última modificação dos livros, capítulos e páginas no campo “detalhes”.

Acompanham esta edição um naipe alargado de perguntas de botânica para acelerar a aprendizagem.

Pretendo, com estes livros, contribuir para reduzir a iliteracia botânica em língua portuguesa; espero que resulte.   

 

Bragança, 24 de maior de 2024

Carlos Aguiar