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Polinização

Conceitos de biologia floral e de polinização

A hipótese de que as flores promovem a dispersão do pólen por intermédio de vetores externos – e.g. animais ou vento – e que só assim podem ser compreendidas foi originalmente formulada pelo botânico de língua alemã Christian Konrad Sprengel (1750-1816), em 1793. Até então, as flores eram vistas maioritariamente como uma criação divina destinada ao deleite estético da humanidade (Vogel, 1996). Sprengel é o fundador de uma nova disciplina botânica, a biologia floral. Os trabalhos de (Darwin, 1862, 1876) integraram esta disciplina no quadro mais vasto da biologia evolutiva das plantas. A biologia floral engloba duas grandes áreas de estudo: (i) os sistemas de reprodução e a (ii) biologia da polinização. Tendo o ponto anterior abordado os sistemas de reprodução, seguem-se alguns tópicos sobre biologia da polinização.

A polinização consiste na transferência de grãos de pólen da antera para o estigma, nas angiospérmicas, ou do saco polínico para a abertura micropilar, nas gimnospérmicas. Nos espermatófitos, não há reprodução sexual sem polinização. Refira-se que a formação de embriões assexuados – embriões gametofíticos ou adventícios – pode, por vezes, necessitar do estímulo provido pela germinação do pólen no estigma (v. «Reprodução assexuada»). A polinização deficiente é uma das principais causas de insucesso reprodutivo nas plantas com flor. O papel-chave deste processo na evolução da estrutura da flor e na biologia reprodutiva dos espermatófitos permite que, em última instância, a flor seja interpretada como uma adaptação à polinização.

Modos de autopolinização

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