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Vão ser feitas este ano as primeiras cinco largadas do parasitoide da vespa da galha no concelho de Macedo

Este ano, vão ser feitas as primeiras largadas do parasitoide que faz parte da luta biológica contra a vespa da galha do castanheiro, no concelho de Macedo de Cavaleiros. Uma praga que tem vindo a aumentar nesta região do distrito e na Serra de Bornes prevê-se que alastre com muita intensidade

Quem o diz é Domingos Barreira, presidente da Cooperativa Soutos os Cavaleiros, entidade responsável pela prospeção da vespa da galha e largada dos parasitoides no concelho. “Até há dois anos só havia um ou dois focos, mas o ano já identificamos alguns em castanheiros adultos. Este ano já há condições para fazer as primeiras largadas, vamos fazer pelo menos cinco, duas na Burga e três em aldeias da freguesia de Espadanedo porque é a zona mais forte de castanheiro e onde os focos estão mais ativos. Quanto à Burga, apareceu um foco que só localizamos o ano passado e está já numa fase muito adiantada. Está na fronteira do concelho de Macedo com Alfândega. É uma praga que vai afetar e vai cair na zona da Serra de Bornes com muita intensidade e, por isso, vamos começar já a fazer largadas mais intensas naquela área”.

As largadas deverão acontecer em meados do mês de Abril. Além destes cinco focos, considerados os mais significativos e que já causam prejuízos económicos, têm vindo a aparecer outros. “Actualmente já temos mais do que estes cinco focos onde vão ser feitas as largadas. Em Corujas temos três, em Bousende um, Espadanedo dois ou três, em Valongo foi identificado um, e no Mogrão e em Podence também. Começa a aparecer por todos os lados”.

Rosalina Marrão, técnica do projeto do IPB Transfer + Castanha, diz que apesar dos resultados do primeiro ano de largadas em Vinhais e Bragança serem positivos, os focos têm tendência a aumentar e por isso é necessários que os produtores se mantenham atentos. “A tendência é que a praga aumente. Portanto, dizemos sempre aos agricultores que se mantenham vigilantes para que, ao mínimo sinal de vespa, comuniquem, pois se isso não for feito às entidades competentes, no próximo ano as largadas não podem ser feitas. O facto de os resultados do primeiro ano de largadas serem positivos deixa o agricultor mais animado e permite que obtenhamos resultados muito melhores, até porque a região de Trás-os-Montes, nomeadamente a zona da Terra Fria, é das mais representativas na produção de castanha”.

As doenças e as pragas de castanheiro têm sido tema de algumas sessões de sensibilização no âmbito do projeto Transfer + Castanha, que tem feito chegar informação à população de vários concelhos transmontanos e ainda da região do Minho.

Em Macedo de Cavaleiros aconteceram nas aldeias de Mogrão, Corujas e esta noite vai ter lugar uma em Podence.

em Rádio Brigantia