Projeto

O Projeto TRANFER+.TEC.CASTANHA | Reforço da transferência de conhecimento científico e tecnológico da fileira da castanha para o setor empresarial é uma operação do Sistema de Apoio a Ações Coletivas (SIAC), enquadrada no Aviso de Abertura de Concurso NORTE -­‐ 46-­‐ 2016-­‐08 do Programa Operacional Regional do Norte 2014-­‐2020 (PO Norte 2020), mais especificamente na tipologia “Transferência de Conhecimento Científico e Tecnológico”, de acordo com o Ponto 3 do referido Aviso de Abertura de Concurso, e o disposto no nº 1 do Art.º 128 da Portaria 57-­‐A/2015 (RECI).

O Projeto tem como objectivo central dinamizar o ecossistema regional de inovação e estimular a transferência de tecnologia e de conhecimento da fileira da Castanha com origem no IPB, para o setor empresarial da região, nacional e internacional, no âmbito do domínio de especialização inteligente da Região Norte - Sistemas Agroambientais e Alimentação, articulando o potencial agrícola regional da castanha, produto de elevado valor acrescentado, com competências científicas e tecnológicas e empresariais, com vista ao desenvolvimento de novos produtos e ao desenvolvimento de projetos de transferência e utilização de conhecimento.

O Projeto é desenvolvido pelo IPB - Instituto Politécnico de Bragança e contempla uma abordagem inovadora pela combinação metodológica de uma intervenção de base territorial, permitindo a realização de ações territorialmente descentralizadas nos concelhos de Bragança, Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Alfandega da Fé, Chaves, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Ponte de Lima e Barcelos, e uma intervenção de base na fileira económica da castanha onde serão aplicados os princípios da smart specialisation, para a definição de uma estratégia de concentração e especialização empresarial que promova dinâmicas e processos de transferência de conhecimento científico e tecnologias para o tecido empresarial.

Surge, por um lado, para promover a transferência dos resultados e conhecimentos científicos produzidos em diversos projetos executados pelo IPB, nomeadamente nos seguintes:

  • “HiCC -­‐Luta Biológica por Hipovirulencia contra o Cancro do Castanheiro em Portugal”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, cujo principal objetivo foi introduzir a hipovirulencia como meio de luta preferencial contra o cancro do castanheiro em Portugal e a recuperação dos castanheiros doentes, que naturalmente determinou a área científica de submissão. Deste projeto surgiram importantes conhecimentos ao nível do combate ao Cancro do Castanheiro, através do método de identificação MALDI-­‐TOF-­‐ICMS, que importam agora transferir ao sistema produtivo regional.
  • “Aumento da produção de castanha e recuperação dos castanheiros doentes pela aplicação da luta biológica contra o Cancro.” Esta operação permitiu validar um novo produto (e um novo processo) para combater o Cancro do Castanheiro com o objetivo de aumentar a produção de castanha e a longevidade do castanheiro. O Cancro do Castanheiro é uma doença de quarentena que provoca a morte do castanheiro e para a qual não existem medidas de luta químicas ou preventivas capazes de travar o desenvolvimento da doença. A morte das árvores acarreta elevada redução na produção de castanha mas também custos elevados pelas intervenções sucessivas na remoção dos cancros para travar o avanço da doença. Neste sentido, pretende-­‐se agora disseminar e promover a apropriação deste know-­‐how científico produzido pelo IPB.

Para além destes projetos, foram desenvolvidos outras operações de relevância, como sejam o “Tratamento alternativo de conservação de castanha” e o de “Gestão sustentada de espaços florestados com castanheiro em regime de alto fuste e talhadia”, que em conjunto proporcionam um grande conhecimento científico que importa transferir para o tecido empresarial da fileira da castanha.

Por outro lado, este projeto pretende também dar resposta a um conjunto de falhas de mercado identificadas nos diagnósticos das principais estratégias para a região Norte (PO Norte 2020 e EREI Norte), nomeadamente:

  • Deficiente articulação entre as entidades do SCT e o tecido empresarial;
  • Atomização das empresas e das instituições;
  • Incipiente cooperação interempresarial entre agentes públicos e privados;
  • Tecido empresarial com práticas de inovação incipientes;
  • Insuficiente investimento empresarial em inovação.