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Nature Garden – Hortas Urbanas

Nature Garden – Hortas Urbanas

O IPB, em colaboração com o MORE (Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação) submeteram uma candidatura ao fundo Ambiental cujo principal objetivo consiste no fomento de práticas de economia da água nas hortas do IPB, através de uma gestão responsável do seu consumo e da consciencialização coletiva do efeito da rega sobre o ecossistema do rio Fervença. Pretende-se digitalizar todo o consumo de água dos talhões e o nível do caudal do rio, permitindo a monitorização de parâmetros relevantes, tais como: as variações do nível do caudal do rio, a humidade e temperatura do solo e do ambiente nos talhões, assim como um controlo automático da rega, permitindo abrir e fechar a passagem de água para um determinado talhão (horta). Em paralelo, o sistema irá, de uma forma acessível e gráfica criando o “semáforo da rega”, ou seja, uma aplicação móvel que irá indicar ao horticultor a necessidade de rega da horta e a pegada ecológica do seu consumo de água. Com esta ação esperamos que os horticultores possam, de uma forma gradual, aprender as necessidades de rega da sua horta, otimizando de forma contínua os gastos de água do seu talhão, garantindo o nível de água do rio e melhorar as condições do habitat natural associado. Outro grande objetivo consiste na proteção e conservação da natureza e da biodiversidade, promovendo o respeito pelo meio ambiente e pela conservação da biodiversidade, facilitando o contato direto dos cidadãos do meio urbano com a natureza. Além disso, pretende proporcionar a recuperação dos habitats de águas doces, cuja zona de distribuição natural é bastante reduzida ou tem vindo a diminuir fortemente no território europeu, tornando-os habitats de interesse comunitário.

Durante o projeto “Nature Garden”, serão feitas várias ações de sensibilização com o objetivo de alertar a população em geral para a necessidade de preservar a biodiversidade e proteger a natureza, promover a produção sustentável e diminuir a pegada de carbono. Estas ações serão abertas aos horticultores das hortas comunitárias da ACRPipb e população em geral, nomeadamente as escolas primárias e secundárias.

Plano de formação

Câmara distribuiu 50 hortas

A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo distribuiu cerca de 50 talhões de terreno na vila com o objectivo de os cidadãos criarem pequenos campos de cultivo, num espaço de meio hectare. Trata-se do projecto Hortas Comunitárias cuja primeira fase passa pela ocupação de terrenos na zona do parque urbano. A segunda fase deverá avançar no próximo ano na zona da Fonte Carvalho, para onde estão previstos 150 talhões numa área de 10.000 m2. “Os terrenos não estavam a ser usados, porque os projectos a que são destinados não conseguem ser concretizados devido aos orçamentos. Desta forma dá-se um uso”, explicou Alexandra Sá, vereadora dos Espaços Verdes, no passado dia 19 altura quando as hortas foram distribuídas. O objectivo da iniciativa passa pela promoção da horticultura biológica de forma sustentável, bem como a melhoria da qualidade do ambiente, além de que os produtos a cultivar podem ser uma ajuda na economia doméstica. Os talhões têm uma área entre 30 a 50 m2, água gratuita, que provém de linhas de água e aproveitamento das águas pluviais. O sistema de rega é por gravidade e todos os talhões dispõem de um ponto de água. Os utilizadores podem ainda contar com formação em ambiente, agricultura ou áreas similares.

Apesar de muita gente se ter candidatado às hortas ainda sobraram quatro talhões, que de• verão ser atribuídos em breve. O que pode ter ficado a dever• se ao facto de ter passado a ideia” de que se destinavam só a pessoas carenciadas, o que não é verdade, apesar de se privilegiarem pessoas com menos recursos, mas estamos abertos a todos”, referiu Alexandra Sá, que deu ainda conta de que a procura dos espaços se mantém.

A maioria dos candidatos são pessoas empregadas que querem dedicar o tempo livre às hortas. “É um contributo económico para o orçamento familiar, mas também é uma forma de lazer e de ocupação do tempo. Também pode ser formação para os seus filhos que assim podem contactar com a agricultura”, acrescentou.

O projecto das Hortas Comunitárias conta com o apoio do Instituto Politécnico de Bragança, cujos docentes da Escola Superior Agrária deram formação aos agricultores moncorvenses. Ainda que se trate de um concelho onde as populações mantêm uma ligação à terra, Manuel Rodrigues, docente no IPB, considera que faz sentido facultar hortas na vila. “O tempo nem sempre é aquele que se deseja, as deslocações têm custos e aqui as pessoas podem distrair-se, fazer exercício e conviver”. A área de cada talhão é considerada muito significativa para o cultivo. “Se conseguirem cultivar adequadamente os espaços, muitos poderão deixar de ir à loja comprar os legumes. Podem cultivar aqui desde a batata, cebola, alho, entre outros vegetais”, frisou o docente. A maioria dos novos agricultores têm conhecimento suficiente para começar a trabalhar. “Isto faz-se por simpatia, uns serão melhores do que outros, mas podem trocar ideias e ajudar-se. Os menos informados podem aprender com quem sabe, se for necessário conhecimentos mais técnicos a parceria com o IPB pode ajudar”, explicou o professor. O Instituto Politécnico também tem experiência na distribuição de hortas, ainda que mais pequenas, cujo “êxito tem sido interessante e a área está a aumentar”, garantiu Manuel Rodrigues.
Publicado em ‘Mensageiro Bragança’ 24-05-2012.

Hortas de Lazer – SIC

Hortas de Lazer – RTP

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Iniciativa “HORTAS de LAZER” [Cartaz]

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